Às vezes navegando
Me vejo num abismo Profundo
É tanta dor
Tanto ódio gratuito
Há homens mortos nas esquinas
Bêbados largados por suas famílias
Choram as álmas do tais
Ficam a espera do milagre
Do pão que chega tarde
Da sopa morna nos carros da Ong da Paz
Estes que merecem cuidados
Estes que foram negados
Se negaram também a viver com dignidade
Estavam lá para por causa de nós?
Ou por causa deles mesmos?
Saber isso não sei
Mas quem vai tirá-los de lá?
Você ?
Eu ?
Mergulhei ao fundo e vi
Que lá no mais profundo da mente humana
Somos egoístas
Mesquinhos
O pão vai para o lixo
E não damos para ninguém
Lixo jogado que alimenta
Comprado à beça
Para virar lixo remexido
Buscado
Lambido
Nas ruas da cidade
Onde eu passo e você também
Seus olhos ficam marejados?
Os Meus também....
Vamos sair desta profundidade
Vamos para a superfície
E ajudar?
Já cheguei aqui...
Quem vai me ajudar?!!!!
sexta-feira, abril 23, 2010
Sub- Marino ( Série Sub-Mundo!)
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2 comentários:
Meu Deus!!! O poema é muito realista de mais, além de pessimista. Embora seja certo, parece um cuspo na cara.
Adorei sua poesia! Realmente é preciso fugir dessa louca profundidade de tentar compreender o humano e namorar com a superficialidade, só assim se pode respirar na superfície. Jorge Medeiros
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